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Avaliação de programas de base comunitária

 

A teoria e a prática da avaliação de programas teve um enorme incremento nos anos 80 e 90, em vários domínios das ciências sociais e humanas, incluindo a Psicologia Comunitária, que pela sua ligação aos contextos comunitários, como afirma Kelly (2003), às comunidades de vida real, ficou perante novos e interessantes desafios, para investigadores e avaliadores da intervenção comunitária.

Os padrões de avaliação de programas comunitários têm sido muito debatidos no âmbito de várias organizações científicas criadas em torno desta temática, por exemplo, a Sociedade Europeia de Avaliação ou a Associação Americana de Avaliação. Apesar de toda a diversidade de conhecimento disponivel é já possível identificar alguns consensos, nomeadamente ao nível dos padrões base de exigência na avaliação de programas comunitários e que podem ser, segundo Wandersman (1999) ou CDC – Center Desease Control and Prevention (1999) ou ainda Fetterman (2001), apresentados com base no seguinte enquadramento geral:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Enquadramento geral para a Avaliação de Programas na Área da Saúde Pública

 

As tendências contemporâneas da avaliação de programas de base comunitária tendem a privilegiar a aplicação dos métodos e técnicas da avaliação colaborativa. Segundo Patton (1997, cit in Ornelas, 2007), a definição das caracteristicas da avaliação de programas desenvolvidos em contextos comunitários passa por responder à questão: “Porque é importante avaliar?”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Deste modo, podemos identificar duas tipologias principais dos programas, a Avaliação Formativa, também designada como sendo de processos, e a Avaliação Sumativa, também designada como sendo de resultados (Patton, 1997).

A avaliação formativa procura responder a questões associadas à congruência das atividades implementadas em relação ao plano estruturado, de acordo com os cronogramas previamente definidos e envolvendo as pessoas que se consideram como as mais adequadas. Ao nível dos custos procura-se avaliar se os custos efetivos de operacionalização do programa decorrem de acordo com as expectativas e os orçamentos iniciais e quanto aos resultados é relevante perceber em que medida os participantes antecipam potenciais resultados do projeto ou programa; ainda neste âmbito, pode também ser significativo identificar quais as atividades ou ações que contribuem para que os participantes atinjam os objetivos, que obstáulos foram detetados e em que medida foram ultrapassados.

No que diz respeito à avaliação sumativa procuram-se identificar os resultados e analisar de que forma os projetos ou programas realmente alcançaram os objetivos propostos. Pretende-se assim responder a questões como saber a medida em que o projeto ou programa alcançou os objetivos a que se propunha, a medida em que alcançou as pessoas a que se destinava e o grau de eficácia junto de todos e de cada um ou que componentes do programa demostraram ser mais eficázes. Neste tipo de avaliação podem também determinar-se quais os efeitos não desejados e, finalmente, qual a sua capacidade para se sustentar no futuro e, ainda, o seu potencial de transferibilidade ou generalização.

Por sua vez, Chelimsky (1997, cit in Ornelas, 2007) propõe três propósitos para a avaliação de programas comunitários, nomeadamente a avaliação orientada para o desenvolvimento, para promover a responsabilização e o envolvimento dos intervenientes e, ainda, a avaliação no sentido de aprofundar o conhecimento.

A prespectiva colaborativa aplicada à avaliação de programas comunitários pode definir-se como o processo de recolha, de análise e interpretação sistemática de informação, no sentido de dar resposta a um conjunto de questões fundamentais, de modo a apoiar a tomada de decisões, a formulação de juízos ou, ainda, a aprendizadem.

 

2.1.) A avaliação com base em Pressupostos de Empowerment

 

 

 

 

 

 

 

 

Descrição do Programa

Constituição do Design de Avaliação

Recolha de Evidências

Padrões de Qualidade

Utilidade

Realismo

Adequação

Rigor

Etapas Envolvimento dos Interesses

Justificação das consequências

Utilidade e Partilha das Recomendações

Determinar o seu grau de eficácia depois de terem tido a oportunidade de produzirem resultados

Saber como os projectos ou programas podem ser melhorados à medida que se desenvolvem 

Propósitos Gerais da Avaliação

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