Saúde Mental Comunitária
Um olhar sobre a Psicologia Comunitária
Modelo de Suporte Social
A prestação de serviços de suporte por parte de agentes comunitários não-profissionalizados, remunerados ou a funcionar numa base de voluntariado, são a características distintiva deste modelo. Encontramos duas variantes do mesmo modelo: a primeira, o Modelo de Rhinelander que favorece a utilização de agentes comunitários remunerados para a prestação de serviços de suporte e o segundo, o Modelo de Cooperação, em que se proporciona suporte comunitário através de voluntários.
Em ambas as situações, a base de apoio deste modelo reside na participação de cidadãos como agentes de suporte comunitário, que, em part-time, podem proporcionar apoio emocional e instrumental (apoio em questões concretas). Este modelo não se sobrepõe ou substitui aos serviços profissionalizados, mas tem um papel complementar na prestação de serviços, facilitando o acompanhamento de situações individuais a nível da medicação, da defesa cívica e em todos os aspetos da vida comunitária.
Este modelo baseia-se no pressuposto de que o conhecimento, a competência e a capacidade de providenciar respostas às necessidades das pessoas com experiência de doença mental reside na comunidade, nos seus contextos naturais, nos bairros, nos lugares onde as pessoas vivem e integram. Este relacionamento individualizado aumenta o sentimento de pertença, autoestima e as competências sociais, prevenindo re-hospitalizações e facilitando os contactos, evitando situações prolongadas de isolamento social.
Ornelas, J. (2008). Modelos de Serviços e Suporte Comunitário. Em J. Ornelas, Psicologia Comunitária (pp. 93-105). Lisboa: Fim de Século.