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Concetualização

 

A História da Psicologia está associada à Psicologia na Educação e às Ciências da Educação. Orientada para um sujeito humanizado, a educação respeita ao indivíduo e ao social, e é a principal via de humanidade e sociedade. A educação contém um duplo registo: o da ação pedagógica e o do educando. Esta duplicidade repercute no binómio matricial das ciências da educação e afetou particularmente a Psicologia da Educação. A problemática de complexidade do campo psicológico abre para um quadro epistémico interdisciplinar e para uma longa duração, tendo a racionalidade educativa evoluído do primado do professor para a construção do aprendiz, enquanto construção do eu, desenvolvimento e autonomização da pessoa humana (Veiga e  Magalhães, 2013).

Psicologia Escolar e Psicologia Educacional: uma questão de nomenclatura?

 

A análise histórica desta questão revelou que estas terminologias não são meramente uma questão de escolha de nomenclaturas que denominam o mesmo fenômeno. Identificamos que esses termos citados e suas distinções têm todo um sentido histórico. Essas diferenciações estão relacionadas, sobretudo, à definição desse campo em termos de (a) objetos de interesse, (b) finalidades e (c) métodos de investigação e/ou intervenção, que, por sua vez, estão relacionados à visão de homem, de mundo, de sociedade, de educação e de escola e também quanto ao foco de olhar à interface Psicologia e Educação. E isso foi se modificando ao longo do tempo, como discutiremos a seguir.

Contextos de intervenção

Campos de intervenção do psicólogo escolar:

  • A classe: exame da situação a pedido dos interessados, experimentação das inovações e avaliação dos métodos pedagógicos

  • O aluno: prevenção da inadaptação e do insucesso escolar, exame do aluno em dificuldade e em situação de insucesso (atrasados, pouco dotados, perturbações de linguagem e de personalidade) e orientação escolar (Exames psicológicos, entrevistas…)

  • A família: significação da inadequação no “vivido” familiar, anamnese da situação

  • Professores: a sua atuação a nível do aluno e da classe

  • Investigação: tende a centrar-se hoje na personalidade do aluno e na relação educativa professor-aluno.
     

O psicólogo escolar deve atuar predominantemente, mas inseparavelmente, conforme os casos, a nível:

  • Psicológico: psicologia individual (diferencial e evolutiva) e grupal (interação dos alunos entre si e com o professor na turma)

  • Casos normais e anormais (crianças inadaptadas)

  • Psicopedagógico (e didático): orientação escolar e profissional, ajuda aos professores sobre novos métodos e programas, luta contra o insucesso, ect

  • Experimental ou de investigação: influência do ensino no comportamento, diferenças sexuais na aprendizagem.

 

O psicólogo escolar deve antes prevenir do que remediar e principalmente deve promover!

As abordagens: o Psicodrama, a Psicanálise, o Behaviorismo, a Neuropsicologia e a Gestaltpedagogia

 

A atuação do psicólogo escolar e/ou educacional deve ter como suporte uma teoria científica que direcione suas decisões na instituição educacional. Há diversas “escolas” ou “linhas” de Psicologia e cada profissional opta por se apoiar em uma ou em algumas delas. As circunstâncias particulares de cada escola podem vir a determinar a opção por uma ou outra “linha”. Da mesma forma, o trabalho com alunos dentro ou fora da escola, individualmente ou em grupo, terá como base em alguma (ou algumas) dessas referências teóricas.

 

Para fins de esclarecimento, seguem simplificadamente conceitos básicos de algumas das linhas de pensamento mais utilizadas atualmente.

 

 

 

Psicanálise

 

Psicodrama

Behaviorismo

Neuropsicologia

Gestaltpedagogia

Áreas | Conteúdos

Pré-escolar

Ensino Básico

Ensino Secundário

Ensino Superior

Universidade Sénior

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Formas de intervenção

O psicólogo escolar pode intervir sob três rubricas:

  • Psicologia individual: auxiliar o professor a “conhecer a criança não só nas suas particularidades individuais, mas também na sua evolução psicológica” – preocupação diferencial e genética. O psicólogo pode levar os professores a analisar melhor os fracassos escolares, a orientar a criança, a compreender melhor o rendimento, distinguindo entre crianças mais ou menos dotadas

  • Psicologia de grupo: estudo do ambiente escolar, da turma, atento à interação da criança com o seu ambiente que é principalmente a turma (relação com os colegas e com o professor)

  • Plano da investigação, observando particularmente o comportamento dos alunos em todas as dimensões: afetiva, cognitiva, etc 

Nível de formalização escolar

Existem três niveis de formalização escolar:

  • Formal – Os processos são específicos e planeados em função dos objetivos específicos de instrução e são dirigidos aos contextos escolares existentes, tem uma intencionalidade claramente  planeada  para atingir os objetivos. É entendida como o sistema educacional institucionalizado

 

  • Informal – A função educativa não é dominante mas inclui processos educativos que estão interligados com outros objetivos e processos sociais. Existe acumulação de conhecimento devido às experiências do dia-a-dia.

 

  • Não formal – Existe intencionalidade de educação, no entanto a estrutura em que se insere não tem como objetivo principal a instrução, não apresentando uma estrutura formalizada (por exemplo, na família).

 

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