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Abordagens

 

 

Psicodrama
 

Trabalha com a recuperação da espontaneidade e criatividade inatas, tornando as pessoas mais aptas a transformar condições insatisfatórias de vida e a viver em relações de compreensão mútua. É um método de grande valor preventivo, principalmente, se considerarmos a sua aplicabilidade em grandes comunidades, como é o caso do ambiente escolar. Um conceito do Psicodrama é o de que representar papéis tem um poder terapêutico, uma vez que permite que as pessoas vivenciem os seus dramas internos e reflitam sobre as possíveis soluções para quebrar padrões repetitivos de conduta, conseguindo dar novas respostas para as situações da vida, inclusive na escola. Assim, situações, por exemplo, de conflito entre alunos ou alunos e professores, podem ser bem trabalhadas dentro deste modelo, pois, além de desenvolver percepção e compreensão do fato ocorrido, possibilita a busca de soluções de forma prática e dentro das possibilidades de cada participante.

 

Psicanálise
 

O trabalho educativo orientado pela Psicanálise reconhece a individualidade de cada aluno e que não existe modelo único, nem um sistema fixo de representações. Utiliza-se uma ética baseada no respeito às diferenças individuais como único meio de se atingir a igualdade social. A ética do respeito e do reconhecimento. O sujeito, que é um ser singular, único e dotado de um psiquismo regido por uma lógica específica, é também um indivíduo que participa das relações interpessoais e ocupa um lugar, estabelecendo laços com o contexto social no qual está incluído. Sendo assim, a Psicanálise está muito atenta para a relação que se constrói entre professor e aluno, que é o que estabelece as condições para o aprender, com vistas à transmissão e apreensão do conhecimento. Cabe ao educador, na atividade educativa, a responsabilidade por construir e transmitir o mundo da convivência humana em que seu aluno está ou estará inserido. Esta é a tarefa daquele que quer educar, humanizar o mundo dos seres humanos e, de alguma maneira, implicar os sujeitos que o habitam.

 

Behaviorismo
 

A abordagem comportamental apregoa que a aprendizagem é regulada por fatores chamados “contingenciais” (situacionais): a situação em que o comportamento ocorre (em que momento o aluno se comporta de determinada maneira), o próprio comportamento (que comportamento ele manifesta) e as suas conseqüências (o que acontece com o aluno quando ele se comporta assim). O efeito da interação dessas contingências sobre o aluno depende de suas características internas somadas a sua história de vida e ao momento específico em que a aprendizagem está ocorrendo.

A abordagem comportamental trabalha com modificações de comportamento utilizando-se de técnicas próprias. É especialmente utilizada quando é necessário clarificar e estabelecer limites, extinguir comportamentos inadequados ou para desenvolver comportamentos novos. Geralmente suas técnicas, de forte impacto, são utilizadas juntamente com ou - tras abordagens complementares. O Behaviorismo salienta a importância do planejamento da ação pedagógica de forma a fazer com que a aprendizagem do aluno gere conseqüências naturalmente reforçadoras (positivas) ao aprender.

 

Neuropsicologia
 

Pode auxiliar o psicólogo escolar e/ou educacional na compreensão do funcionamento do sistema nervoso e sua aplicação na educação. Várias atuações e treinamentos de professores podem ser pautados no modelo neuropsicológico da aprendizagem, considerando, assim, todos os fatores que influenciam o processo ensino-aprendizagem. Na escola, a Neuropsicologia pode ser de grande ajuda para organizar programas de estimulação das crianças de modo a desenvolver as inteligências múltiplas dos estudantes. A Neuropsicologia mostra que cada aluno aprende de maneira específica, formando sua rede neuronal, de acordo com a interação com o ambiente educacional. Sabendo como é o funcionamento neuronal do educando, o professor - com auxilio do psicólogo - poderá potencializar a aprendizagem, superar as limitações de cada aluno, reduzir suas dificuldades e, principalmente, identificar as potencialidades latentes.

 

Gestaltpedagogia
 

A premissa básica da Psicologia da Gestalt é que a natureza humana é organizada em partes ou todos, formando um todo significativo. Com base nisso, o ensino escolar normal não deve menosprezar o aspecto integrativo de todo co - nhecimento e de todas as matérias a serem interligadas, que acabam divididas visando fins didáticos. Deve conservar o caráter integrativo do conhecimento, pois desta forma o conhecimento do ambiente e do mundo chegará ao aluno integrado, constituindo-se num todo significativo. A visão de homem da Gestalt é de um ser unificado que tem milhares de necessidades que vão surgindo ao longo da vida, sendo de ordem fisiológica, emocional e social e que tenta satisfazê-las na busca de um equilíbrio. Para tanto, deve ser capaz de perceber adequadamente a si próprio e a seu meio, pois as necessidades só poderão ser satisfeitas mediante a interação do indivíduo com o meio. Esta teoria acredita que o ser humano não se compõe de uma cabeça a ser treinada, ele também é dotado de uma psiquê e sentimentos que vivem num corpo. Esta unidade corpo-mente-alma-meio se influencia mutuamente. A partir desta concepção, o ensino regular deve valorizar os aspectos psicológicos e sociais do aluno, além dos aspectos cognitivos. A Gestalt condena o aprendizado somente cognitivo, especialmente se reduzido ao processo mnemônico, pois este ignora o aspecto emocional. As emoções podem e devem ser trabalhadas de forma positiva, fazendo-as objeto de conversa e discussão, permitindo ao aluno efetivamente alcançar uma aprendizagem integrativa.

 

Bibliografia

  • Cassins, Ana Maria (2007), Manual de Psicologia Escolar/Educacional. Curibita: Conselho Regional de Psicologia do Paraná.

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