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Modelo Médico

 

No que diz respeito à identidade do psicólogo escolar, geralmente esta passa pela superação do modelo médico (o que nos remeteria para os fundamentos da psicologia clínica), que estabelece os seus parâmetros em torno da dicotomia saúde vs doença, normal vs anormal (patológico), enfatizando-se o papel de educador que este profissional pode assumir quando atua no contexto da escola.

 

Sob a perspectiva da “psicologia escolar clínica”, o trabalho do psicólogo tem como papel evitar desajustes ou desadaptações do aluno. Estes, por sua vez, são equacionados em termos de saúde vs doença, o que, na escola, é traduzido como problemas de ajustamento e adaptação. A escola, como instituição, é tomada como adequada, cumpridora dos objetivos ideais que foram propostos.

 

De certa forma, sob esta perspectiva, os problemas que surgem no contexto escolar são centrados nos alunos, e investe-se o psicólogo de um caráter de omnipotência, e seu papel acaba por ser tratar estes ‘alunos-problema’, devolvendo-os à sala de aula ‘bem-adaptados’. Isso leva, frequentemente, a uma atitude de ambivalência e resistência por parte da instituição escolar, que muitas vezes dificulta ou até mesmo impede a continuidade dos serviços de psicologia.
 

Bibliografia

  • Martins, J. B. (2003). A atuação do psicólogo escolar: multirreferencialidade, implicações e escuta clínica. Psicologia em Estudo, 39-45.

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