top of page

Universidade Sénior

 

 

Segundo uma notícia do Jornal Público, de 2012 (http://www.publico.pt/educacao/noticia/ha-ja-sete-instituicoes-de-ensino-superior-com-ofertas-para-a-terceira-idade-1546694), Portugal terá cerca de 500 Universidades Seniores em funcionamento. A Associação Rede de Universidades da Terceira Idade (Rutis) tem 280 registadas, às quais se juntam mais cerca de 200 associadas ao Rotary Club, bem como algumas instituições que não estão incluídas em nenhuma destas parcerias.

 

A RUTIS (Associação Rede de Universidades da Terceira Idade) é uma Instituição Particular de Solidariedade Social e de Utilidade Pública de apoio à comunidade e aos séniores, de âmbito nacional e internacional, com sede em Almeirim, criada em 2005. A RUTIS tem actualmente 236 UTIs como membros, 38.000 alunos séniores e 4.500 professores voluntários nas Universidades Seniores. Noutros projectos de envelhecimento activo temos 120 séniores participantes e 15 voluntários.

Um dos principais objetivos da RUTIS é a promoção do envelhecimento activo e das Universidades Seniores (denominação registada, pela RUTIS, como Marca Colectivas de Certificação no Instituto Nacional de Propriedade industrial) sendo estas “a resposta social, que visa criar e dinamizar regularmente actividades sociais, culturais, educacionais e de convívio, preferencialmente para e pelos maiores de 50 anos. As actividades educativas serão em regime não formal, sem fins de certificação e no contexto da formação ao longo da vida”.

A RUTIS é membro do Conselho Económico e Social do Estado Português e a única instituição nacional com acordo com o Estado para a promoção do envelhecimento activo e representativa das Universidades Seniores.

 

As Universidades da Terceira Idade têm sido alvo de variadas críticas. A mais recente refere-se ao facto de separarem os idosos dos outros grupos etários, não lhes permitindo uma integração social, como muitas vezes é defendida em discursos oficiais. ( cf. Ana Alexandre, op. cit.: 159; Assies Nationales, op.cit.: 24, 27, 30, cit in: Veloso ). O facto da população de idosos que frequenta estas instituições pertencer, principalmente, a posições sociais médias e elevadas, conduz à crítica de estas serem selectivas e elitistas. Uma outra crítica, importante em termos educativos, é a de que os idosos podem correr o risco de serem meros espectadores ou consumidores de cultura ou de determinados conhecimentos, em vez de serem, também eles, produtores de “saber” (Assies Nationales, op.cit.: 28, cit in: Veloso).

 

No entanto e, conforme indica a Tese de Doutoramento do Investigador Português Ricardo Pocinho, mencionada na mesma notícia acima referida, as Universidades Seniores parecem fazer bem à saúde. O estudo mostra que estes estudantes, que em Portugal se estimam ser cerca de 50 mil, apresentam índices altos de satisfação com a vida e baixos sentimentos de solidão. Além disso, não apresentam sintomas de depressão e ansiedade.

Bibliografia: 

bottom of page